Em 2016, HARAMBEE ÁFRICA PORTUGAL quer concretizar o desejo de apoiar projetos em língua portuguesa.
Para isso, está em contacto com várias instituições que desenvolvem trabalho na África lusófona, a fim de constituir um ou dois projetos a que os amigos portugueses de HARAMBEE queiram ajudar a dar um empurrão.
Uma dessas instituições é O VIVEIRO, uma ONG que opera há vários anos em Tete, no norte de Moçambique. Enquanto se constitui o projeto, aqui fica já uma mostra do trabalho desta associação em prole das populações.
O VIVEIRO – Educar uma menina para educar um povo nasceu da necessidade expressa pelo padre Eusebio Maria Inocêncio (sacerdote moçambicano da Diocese de Tete) de responder à situação de emergência existente na província de Tete ao nível da formação, nomeadamente da população feminina, e relacionada principalmente com:
a presença de um elevado número de órfãos;
a existência de uma taxa muito elevada de analfabetismo feminino;
a entrada tardia das meninas no sistema escolar e o grande número de desistências;
a incapacidade da maioria das famílias de mandarem as filhas para a escola por razões económicas;
a inexistência de uma rede escolar adequada em várias zonas do território;
o desconhecimento do Português, que é a língua oficial da formação escolar;
a falta de formação no campo higiénico-sanitário, de nutrição e de economia doméstica;
a insuficiente formação nos valores de base (humana, moral, civil e ética);
o elevado número de gravidezes e casamentos prematuros;
a entrega, logo na adolescência atividades remuneradas moralmente inaceitáveis.
O projeto centra-se no desenvolvimento das mulheres, reconhecendo que elas são a verdadeira raiz da sociedade, especialmente em situações de extrema pobreza: elas são o coração da família, que é o primeiro e mais importante grupo de agregação humana. Incentivar a formação e desenvolvimento da mulher desde a mais tenra idade significa promover toda a sociedade de forma equilibrada.