A manhã de 12 de julho foi intensa em Sete Rios (Lisboa). Em todos os sentidos: deu para serviços a alta velocidade, serviços em balão, direitas em spin, esquerdas cortadas, derrotas, sentimento, glória… Enfim, foi uma manhã cheia de ténis!
Ténis e Harambee.
Um torneio solidário com as vítimas do Covid-19 em África.
Chegaram às 9h00 a Sete Rios, Lisboa, onde conseguiram dois cortes de ténis emprestados. São todos amigos, estudantes universitários e jogam muitas vezes juntos. Uns com mais experiência, outros menos rodados – todos com igual vontade de ganhar. Divididos em grupos de três, povoaram de exclamações o silêncio da manhã de domingo, com os termómetros a marcar 30º.
A direção técnica do torneio coube ao Lourenço, que também foi árbitro e ainda serviu como apanha-bolas de alguns jogos. Um papel essencial para o sucesso desta primeira edição do Torneio Harambee Sete Rios.
A meio da manhã, já tinha sido encontrado o finalista do torneio A, depois de uma meia-final com muito ténis, disputada entre o Tomás e o Pedro. Valeu a resiliência do vencedor dos dois jogos anteriores, e este despique acabou com 6-4 para o Tomás.
A segunda meia-final foi entre o Caetano e o Manuel. Foi um jogo absolutamente épico, entre um jogador defensivo e um jogador extremamente atacante, que resultou num doloroso 6-6, ficando o veredito para o tie break, que foi até aos 35 match points e o Caetano saiu vencedor.
Na final, o Caetano levou a melhor sobre o Tomás. Estavam em campo dois jogadores defensivos, o que resultou numa partida pouco ofensiva, mas com muito jogo psicológico.
O terceiro e quarto lugares, entre o Pedro e o Manuel, ficou para disputar em breve.
De realçar o anfitrião, Ascenso, que nos recebeu com excelência, o final inglório do experiente Rosado, a direita tensa do Jonet, que promete fazer estragos na próxima edição, as subidas à rede de Sebastião, ainda com algum caminho a trilhar no ténis; e finalmente a dedicação do António, com a sua excelente forma física apresentou-se pontual às 8h30 equipado e cheio de motivação. Mereceu o prémio fair play. Segundo as melhores previsões, a sua prestação no próximo torneio terá um forte impacto positivo.
Esta reunião de amigos em competição serviu também para recordar os que mais precisam, nomeadamente a luta contra cuidados de saúde precários e insuficientes, a instabilidade económica e a mal-nutrição. Os 10 jovens que encheram os três cortes de Sete Rios aplicaram a vantagem do serviço num pensamento solidário com África, recordando a campanha Emergência Covid-19 – Estamos todos no mesmo barco.
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